sexta-feira, 28 de março de 2008


No seu calendário só havia duas estações: Outono e Inverno. Quando lhe falei em Verão, disse-me que no seu mundo isso era um sonho. A sua vida já não lhe parecia infinita, como ele previa, mas próxima do fim.
Agarrei-lhe na mão e fugimos por um mundo estrangeiro e quando o olhei tinha uma lágrima a pairar no seu olhar.
Mafalda Melo nº16 9ºF

quarta-feira, 26 de março de 2008


"Quem conta um conto, acrescenta um ponto", dizemos algo, ouvimos o que é dito por alguém, palavras formadas no nosso quotidiano que se transformam, tomando diferentes repercussões. Estórias são ditas, e muitas se alteram. Alterar é o mais fácil, o que nós queremos ouvir soa muito melhor, mas de facto ter a certeza do que é dito é muito mais intrincado. Do dia para a noite temos de pensar e repensar se será certo o que ouvimos ou apenas coisas susceptíveis de alteração, sem sentido, ditas por mais alguém.

Sónia Faia 11º B

Representação de um Gato


Gato que brincas na rua sem Pessoa
sem Destino e com certezas,
que pensas quando da janela atravessas o mundo
e nos lanças no engano da posse sempre absurda?

Gato dos nossos telhados de vidro.
Fantasma, vate da verdade que de ouvidos trancados
encerramos em armários de fechaduras partidas.

Gato que dormes em casa.
Que arranhas sorrisos
na minha pele distraída,
e que de soslaio acusas a liberdade negada.

Gato da poesia de papel e das telas cubistas.
És miado em inúmeras tintas e letras
e restamos rendidos a uma mera aproximação.
Venceste, dormindo enrolado nos sofás da rua da minha casa.

Gato que te acusam de nunca teres existido...
Volta para mim.

Susana Mateus

segunda-feira, 17 de março de 2008

Princípio, meio e... fim(?)


No bosque do vazio, tudo era nada.
Sorrindo às flores, no meio uma estrada
Com princípio e meio, mas não acabava.
Caminhei, indo ao som da incerteza de meu
destino triste. (Procurei o tal céu)
O sol fugia com medo do seu fim.
Desisti, caí, quis chorar... enfim
Chorei. O céu estava triste sem razão.
Olhei e analisei, vi meu coração.
O caminho chegara ao fim, eu ainda não.

Tomás Roda 9ºF

quinta-feira, 13 de março de 2008

Para Lá do Limite

Dou por mim errante no meio do nada.
Não sei onde estou, mas sei como vim aqui parar.
Está escuro e no fundo de tudo, só uma luz pusilânime me mostra o rasto do caminho. Espreito por essa entrada e não vejo nada.
Sinto-me presa num labirinto de incertezas, abraçada por becos sem saída e não sei como fugir.
Sinto um vazio sufocante.

Patrícia Martins 11ºB

quarta-feira, 12 de março de 2008

Adeus


Ainda me lembro, foi tudo tão rápido. O encontro, o choque, o sofrimento. Agora ele foi e eu fiquei. Tudo por causa daquele dia, aquele dia que ainda me persegue e ainda me assombra a memória. E hoje sinto-te tão longe, e não me despeço com um “Até já”, mas com um profundo “Adeus”.
Joana Dias, 11º B

A Paixão que assolapa o coração


Sim, és tu!
És a voz que incendeia o meu olhar, que me aquece a alma.
És tu, quem procuro nas noites frias de Inverno, mas não encontro.
És tu que me arrefeces o coração.
És tu, só tu que me aqueces o corpo.
És tu que me fazes gritar de terror.
És tu que me fazes chorar de alegria.
És tu que invades os meus mais delicados sonhos.
És tu, a chama que me ilumina, o calor frio que me faz tremer.
Agora e daqui, leva-me para junto de ti.


Bianca Salgueiro

terça-feira, 11 de março de 2008


Hoje o vento do desprezo e da discriminação varre a superfície da Terra. Morreu o respeito pela dignidade do outro que é tratado como objecto. A selva instalou-se na cidade e ninguém escapa à lei do mais forte.

Ricardo Ferreira 11ºB
A vida passa, passa, passa… Esta é demasiado pequena para ser desperdiçada, e por vezes é esquecida a sua tamanha importância.
A água corre, corre, corre… Esta é tão importante no nosso dia-a-dia, que não nos apercebemos disso, levando por fim ao seu desaparecimento.
A vida e a água são ambas demasiado importantes e nós por vezes não lhes damos o devido valor.
Vive a vida como se acabasse amanhã!

Vera Dutschke nº28 9ºD

domingo, 9 de março de 2008


Acorda, vê o dia e repara que está tudo igual a ontem e anteontem. Pensa em desaparecer, em fugir, mas não o faz.
Na esperança de dias melhores, aguarda……

Ana Teresa, 11º B

sábado, 8 de março de 2008

A Noite


A escuridão apoderou-se deste mundo. Pouco a pouco as trevas foram-se instalando de tal modo que quase ninguém deu conta.
Apenas poucos seres tiveram a coragem e a inteligência de não se deixarem seduzir pelas sombras.
E esta vontade de viver destes pequenos heróis foi tão forte que irradiou focos de luz na imensa escuridão.

Miguel Nunes 11º B

quinta-feira, 6 de março de 2008

Acabou!
Nada posso fazer nada em relação a isso.
Será normal?
Está terminado! Sinto-me um prisioneiro disto mesmo.
Quero fugir mas não consigo. Há algo mais forte do que eu que me puxa, que me mantém cativo.
Faça o que fizer, daqui não conseguirei sair.
Acabou!
João Adivinha 11ºB

quarta-feira, 5 de março de 2008

FANTASIA

O dia começava num mundo de alegria.
Um dia algo aconteceu...
Fiquei triste e tentei reconstruir o puzzle que alegrava as minhas manhãs.
Deixaste-me, mas eu não queria, tentei fazer algo de ti... e neste momento ajudas-me a criar um mundo de fantasia.

Marta Santos Nº22 9ºF


Momento
Agora escrevo,dando descanso às cordas da minha guitarra que falam há quase duas horas. Escrevo sobre a paz, escrevo sobre a guerra, escrevo sobre escrever, escrevo sobre ler, escrevo sobre a dor, escrevo sobre o amor, mas agora ela chama e eu tenho de ir.



Gonçalo Fernandes, nº8 9ºF

terça-feira, 4 de março de 2008



A praia de Almoçageme é uma grande amiga… É calma e limpa. É uma grande companhia porque faz-me sentir serena, feliz… Adoro o cheiro do mar; sinto que as ondas brincam umas com as outras... Acho engraçado. De repente, quebra-se a harmonia porque vejo um poste à frente do mar e pergunto-me o que faz tal objecto numa praia?! Achei tão estranho que me pus a reflectir sobre o assunto… Não cheguei a nenhuma conclusão, a não ser que o mar e a antena estivessem a ter uma bela conversa…

Ana Pereira Nº1 9ºD

segunda-feira, 3 de março de 2008

Dúvida


O momento da escolha vai chegar um dia. Parecem iguais, mas serão mesmo? O que estará escondido por detrás destes simples caminhos? Não sei, e provavelmente só o saberei quando a altura certa chegar, quando precisar mesmo de seguir o meu destino. Não posso inventar trilhos. O meu futuro está traçado só tenho de saber qual é. Posso arrepender-me, mas pelo menos, durante aquele momento, achei que era o melhor. Por alguma razão foi o que escolhi.


Madalena Carvalho nº13 9ºD