quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Falta


Hoje, a saudade grita dentro de mim. É geralmente nestas tardes que sinto mais a tua falta. A falta do teu olhar, do teu brilho, dos teus abraços, …
Retenho a respiração sempre que penso nos momentos que passámos juntos, nos nossos sonhos, …
Eras a minha bússola, o meu Norte.
Gosto daqui. Gosto deste sítio. Lembra-me os tempos em que ainda sentia no coração algum conforto. Conforto maior quando tu chegaste.
Acredito que cada sol é um sorriso teu, que cada sopro é um abraço, que cada gota de chuva é uma lágrima tua.
Ainda hoje procuro muitas respostas, apenas para ouvir a tua voz….
Nunca tive interesse em saber de onde vinhas. Agora matava-me para saber onde estás. Se soubesses como gostava de te sussurrar ao ouvido ‘perdoa-me’.
Perdoa-me não te ter agarrado com mais força.


Marina Durante 9ºD

Incógnita


Quem? Homem, mulher, rapaz, rapariga, menino, menina…Quando? Ontem, hoje, à noite, de manhã, no fim de tarde…Onde? Na rua, na escola, em casa…Como? Feliz, triste, desolado, infeliz…O tempo e o espaço são indiferentes, somente a interrogação: dançar, caminhar, descansar, correr, saltar? A imagem é o ponto de partida e o ponto de chegada. Neste percurso é possível imaginar tantas histórias comuns. É a incógnita no meio da multidão.


Ana Rita Silva nº5 9ºC

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Vida


Porquê? É uma pergunta que se faz frequentemente. Porque é que vivemos, porque existimos, porque nascemos, porque morremos...a nossa vida tem tantos porquês. Eu gostava de saber a razão da nossa existência. Será que vale a pena vivermos o nosso dia-a-dia para depois morrermos e tudo acabar? Ou então será que ainda vamos ter outra vida pela frente?
A vida é um autêntico porquê.



Daniel Miguel Vaz nº10 9ºC

O brilho do destino



Vê-se o brilho nos seus olhos. Está preso. Puxam-no, empurram-no, não o deixam seguir. Mais tarde ou mais cedo ficará cansado e deixar-se-á ir para onde o levarem. Apesar da sua grande força, sabe que o seu destino é ser levado. Nada pode mudar.Começa a enfraquecer. Vai se afastando lentamente, e quando menos espera, está perdido no meio do nada. É o inicio de uma nova viagem.

Sara Nunes 9ºC

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008




Como acabar? A meio acabou. Tudo acabou inacabado.
Partiu-se. Desfez-se. Quebrou-se. A guerra começou. Não havia nem um pouco de paz.
Só quero que ela acabe. Mais paz. Nesta pequena sala está tudo destruído.
A ideia perdeu-se. Eu só queria acabá-la...

Francisco Matos Nº7 9ºD

Algodão Doce



Um mar de algodão doce. Um mar de sonhos bons em azul, como os teus olhos. Voar por cima desse mar e pensar em nunca mais aterrar. É tão mais bonita a vida por cima da vida em que vivemos. E no entanto, passageira como todas as vidas que esses olhos viram.

Mafalda 9ºC nº15

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

A Divisão




Julguei que encontraria satisfação no conforto da vida moderna ou na luz esclarecedora do pensamento filosófico. Neste mundo de plantas e mentes irracionais, pareço o único que não atingiu a felicidade de saber e compreender o que sou.

Ricardo Carvalho
11ºB

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Enquanto tento em vão fugir, tu foges-me e por te perder quero-te cada vez mais. Quero cada vez mais de ti e cada vez mais desejo que não existisses. Olhas-me de alto, do pedestal onde eu própria te pus, esfregas o poder que tens sobre mim, na minha cara impotente. Eu rendo-me e peço piedade. Tento fugir, e desejo-te de volta mais uma vez.

Carlota Pignatelli
nº 8
9º C

Ilusão


Sonho que existo sem me poderes ver. Sou tudo o que quero e posso imaginar: uma figura desfigurada, um pensamento perdido, uma raiva de expressão. Um simples sonho, uma mera impressão.
Mas tu perdes-te, pois não me encontras, ou apenas não encontras aquilo que tenho para te oferecer. Não sabes, mas a sombra que me esconde, essa sim, oferece o melhor de mim, sem promessas ou perfeições! Quando acordar não vou querer aquela realidade ilusória, esse obstáculo que não mostra o coração.

Ana Rita Fernandes 11ºB

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

O Lago das Lágrimas




E a rosa ao cair no lago das lágrimas,
onde as brilhantes estrelas se reflectiam.
Molhando o seu lindo caule,
as suas pétalas secas humedeciam.
Renascera,
mesmo nunca estando morta.


Marta Vaz 9ºC


Branco, tão branco. O foco de luz incide precisamente onde as feridas são mais fundas e – um piscar de olhos – as emoções explodem de pura alegria. Um pequeno arquejo súbito - um mero pensamento mais arrojado que os outros - e uma gargalhada. A própria vida ensina a si própria a melhor maneira de morrer.
Quem chega lá vê uma coisa diferente. São as pontinhas dos pontos de exclamação? São os cacos de um coração partido? Ou são, simplesmente, um pequeno aviso? Nada é eterno. Nada é perfeito. Até uma vida tem cores a preto e branco.
E então abri os olhos, como num sonho. Um minúsculo sorriso pairando por entre as memórias que a vida deixou cair.

9ºD Ana Palma nº2


Ela tinha um brilho especial, mas naquela noite estava só, só como jamais alguém estivera. A solidão envolvia-a. Ia desaparecer, tinha de fugir. Uma lágrima apareceu-lhe no canto do olho e deslizou velozmente pela sua face. Apanhou-a antes de chegar ao chão. Sorriu. Era um sorriso triste, quase louco. “Mesmo as lágrimas fugiam de si”. Abriu a mão e desapareceu, na noite.


Sofia Delgado Nº 25 9ºF

Liberdade


Liberdade

Sonham ser livres com a sua força de viver!
A força do azul deixa que o sonho vagueie pela mente de qualquer um. Um sonho que deixa o amor de lado e em que a liberdade grita mais alto. Liberdade de falar, de viver, de respirar…
Todos sonhamos, todos vivemos, todos gritamos pela nossa LIBERDADE!

Nuno Ribeiro nº18 9ºC

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008


Preto, escuro, escuridão. Guerra, desastre, miséria. Dois temas facilmente associados. É assim que vai o mundo. Será? Bem no fundo, quase irreconhecível, está uma luz, a força de um ser, o amor de um Humano capaz de fazer a diferença. A força aumenta, o amor toca em mais corações, a luz cresce e assim se consegue mudar o inevitável, o trágico, com amor e força de acreditar.


Pedro Nunes 9ºC nº 20

Tudo é nosso!


O meu mundo, não é só meu! O meu mundo é teu, é nosso. Sobe a montanha comigo, faz a tua própria caminhada. Não há atalhos, não há escapatória! Tudo nasce com um propósito. A grande caminhada! E quando descobrires tudo, desce. Eu estarei lá em baixo à tua espera.

Guardião

Entre a luz e a escuridão, navega o guardião que mantém essas duas forças equilibradas. No sombreado das nuvens adivinham-se figuras que ameaçam a qualquer momento quebrar tal equiliíbrio. No entanto, a calma do mar e a luz afugentam o sentimento negativo que paira no ar.
Cada um de nós tem um guardião que precisa de sair, pois sem ele sucumbiríamos à tristeza e à dor e não entenderíamos o significado da vida.

João 9ºC

Graf-Doma


Talvez me digas com o olhar o que não entendo nas palavras.
Talvez a impossibilidade de fala seja a verdadeira essência de um amor que não passa pela racionalidade.
Talvez me magoes de uma maneira muito menos dolorosa e quando me soltas o cabelo nos dias de mais vento para me chatear, será apenas a tua respiração quando trato de ti?
Daí percebo que a porta que me abres será a que estará para sempre aberta e que o verdadeiro impedimento do amor é a palavra.

Deixou-se cair e os seus sonhos, lembranças, até as suas últimas esperanças ficaram espalhadas pelo chão. Lançou-lhes o derradeiro olhar de despedida; para onde ia, aquelas bagagens não o poderiam acompanhar. Era tempo de esquecer.
Apertou o metal frio na mão, o coração palpitando. Esvaziou-se de pensamentos, os últimos lapsos de memória agora desvanecendo-se na luz. Encostando o cano gélido da arma à cabeça, sorriu. Estava na hora.


Maria Villaret Frischknecht 9ºF

Ainda bem que te tenho


Hoje o sol não nasceu, está frio, e escuro como breu, o mundo está vazio, está cheio de vazio, tenho medo, não quero ficar sozinho, não me abandonem, por favor!
Preciso de alguém, alguém que me faça rir e chorar, alguém que me ame, em quem eu possa confiar… ainda bem que te tenho a ti… só para mim…

Sou o que não sou



Iludem-nos mostrando algo que não são. Rodeados de beleza; uma beleza fingida que no seu interior se desfaz. Vivem enganados com a sua própria mentira e nós, inocentes, acreditamos. Esquecemo-nos que o interior é o mais importante, o que verdadeiramente importa. Mascaram a essência do seu “eu”. Retirem a escuridão das vossas vidas e ABRAM-SE PERANTE O MUNDO!

Tiago Galileu 9ºC

Para sempre


Antes eras assim, trigueira, capaz de piruetas para me fazeres feliz. E ainda és. Os meus olhos é que estão diferentes, pouco aptos às contingências da vida.
Mesmo sem saberes, ainda te sinto como eras, como sempre foste para mim. Uma boneca. Uma boneca com a alma mais doce que existiu. E a minha alma ainda chama por ti, mesmo sabendo que a tua já partiu.



Carlos Lopes

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Escravos do Tempo


Cada vez que repetia a pergunta “Que horas são?” menos lhe parecia uma frase e mais um som. Os pulsos sangravam e a garganta doía por causa das correntes que ele próprio forjara para o aprisionar à sua criação. Eu bem queria salvá-lo, mas também eu precisava de ser salvo. Primeiro teria de questionar-me quanto à necessidade de me libertar dessa prisão. Ele já sabia todas as respostas. “Respostas fáceis”, dizia. Debatia-se antes com a questão onde residia o sentido da vida: “Dominamos o tempo ou somos dominados por ele?” Morreu no dia a seguir a ter descoberto a verdade.


Raúl Fermoselle 11ºB

O INOCENTE


A inocência perde-se com o tempo. É algo que nos dá a capacidade de nos surpreendermos e aprendermos novas coisas. A inocência é um bichinho que vive no nosso interior e perdê-lo seria como perder um pedaço de nós mesmos. Em criança estamos no auge da nossa inocência, pois surpreendemo-nos com as coisa simples da vida, como o simples ligar de uma luz. Com o aumento da nossa idade, consciencializamo-nos mais que precisamos de recuperar a nossa inocência de volta e sermos crianças mais uma vez.


Diogo Abreu - 9ºF

Ainda

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A água martelava-lhe a cabeça, perfurando qualquer resto de problemas, dúvidas ou incertezas (é engraçado como toda a água pode ser lágrima).
Ainda assim, alguém, no meio daquele fumo confortável, persistia. Alguém que gritava em desespero enquanto era constantemente abafado pela água.
Foi aí, quando a torneira se fechou, a água se calou, que o grito se ouviu: estava de volta à realidade.

Inês Matos Castelão - 9ºD


Menos correria, mais vagabundo


Não uso os meus 3 sentidos apurados. Não vejo, olho. Não escuto, limito-me a ouvir. Só sinto, não pressinto. Sou criada do amanhã. O tic-tac acelerado. Desconheço-me “hoje”; passei pelo “agora” e deixei que fugisse. Cegueira que me impede de ver quem quer que seja. Passar ao lado da VIDA sem nunca encontrar o seu ser à deriva, perdido. Há quem chore por não darmos um segundo de nós a outro alguém. Isolados, não têm como as lágrimas secar. Para eles não há correria, há significados! Provam a vida. É triste o sabor ser amargo.
Ana Olímpio nº2 9ºC

Destino


Os grãos enfeitiçados consumiram todo o passado de pessoas que por ali passaram, que choraram e sorriram às portas do destino.

O passado roubado marcou um novo caminho no futuro. Fugir ao destino é como entrar num labirinto interminável, as possibilidades são impossíveis.
Diogo Ferreira 9ºF

A Solidão


Não podia voar e estava só. Um pequeno ponto, solitário, num obscuro e imenso mundo. Só, no frio e desconfortável medo. Abandonado na sombra da felicidade.
Mas uma luz inundou-lhe a alma. Aqueceu-lhe o coração. Acariciou-o e abraçou-o. E essa luz guiou-o pelo caminho certo. O caminho da felicidade.
Margarida Rocha 9ºF

Passando


Passo a passo tudo se tornava mais nítido, já nao se sentiam aqueles flashes que perturbavam todos os que pensavam e queriam concentrar-se . Estariam tao concentrados como se estivessem à espera de novas revelações. Espreitara para ver o que se passava, e a nitidez comecou a desaparecer de novo. Aquele som tinha voltado, não havia nada de preocupante. Poderiam descontrair-se novamente naquela doce melodia que fazia tudo acalmar. E tudo voltava ao seu inicio, passo a passo.
Tatiana Leote 9ºF

Caminhos

Fui despistada sem olhar para trás. Voltava-me para mim mesma, mas não podia, era em vão. Seguir talvez fosse a melhor solução, porém faltava a certeza, faltava respirar. Como chegar não sabia, mas sabia que ao chegar, encontrar-me-ia sem preconceitos, sem máscaras onde me pudesse esconder. Foi então que, agarrada a uma certa esperança, parti à descoberta.
Mafalda Barros 11ºB

Todos os dias que acordo penso para mim que sinto necessidade de crescer. Hoje, que cresci, sinto-me maior pois já cresci o que tinha a crescer, no entanto sinto-me mais pequeno do que quando era pequeno, pois a sede que me fazia crescer desapareceu.
Bernardo Cunha e Silva 9ºF

O que vem amanhã depende de hoje, pois cada ponto, cada pessoa, pode fazer a diferença num mundo tão pequeno e pobre onde já só nós cabemos, que já foi um mundo grande e rico. Pode voltar a ser o paraíso, o lugar que o infinito pensa ser, azul e verde, onde o desconhecido fascina qualquer ser. Mas a verdade é amarga e que o amanhã próximo será a nossa tragédia.
Rodrigo - 9ºF

domingo, 17 de fevereiro de 2008


Tinha uma enorme curiosidade, queria experimentar, sentir-me livre! Mesmo ouvindo todos os outros eu parecia cega. E por mais que tentasse não conseguia entendê-los. O desejo aumentava cada vez mais e não resisti…

Hoje sei que errei, hoje sinto a dor.
MªJoana Freitas 11ºB

sábado, 16 de fevereiro de 2008

"O FATALISTA"


E inevitável e inesperadamente recita:
- Vamos à vida que a morte é certa, ... antes que a morte à luz me roube!
E de seguida foram interrompidos pelo silêncio que os encandeava
.
Marta Ferreira 11ºB

“Obstáculos”


Sempre que caminho encontro um, não sei porquê, mas estão sempre lá. Esforço-me para ultrapassá-los, mas nem sempre é fácil. Quem disse que a vida era fácil? Eu não, com certeza. Já me magoei muito por causa de uma maldita pedra no meio do caminho. Contudo, vou seguindo em frente, tentando alcançar o topo, sem arranjar mais nenhuma nódoa negra. Será que volto a encontrar um?



Alexandra Sofia Martins José; 11ºB

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Labirinto da vida


A vida é um jogo, um jogo arriscado onde muitos apostam tudo e entram no labirinto da vida. Um labirinto onde muitos entram pobres e esperam sair ricos e poderosos.
Mas muitos dos que entram acabam por voltar para onde vieram e outros apenas se perdem neste imenso infinito e por lá ficam à espera de encontrar uma saída.
Guilherme Leite Nº9 9ºF

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Os caminhos do homem estão traçados, fica o seu rasto marcado no chão... As correntes que prendem a Terra desiquilibram-se. A vida corre na direcção errada, foge do gelo que cobre os mares.
A pegada leva consigo a memória de uma civilização.

Miguel del Castilho - 9ºC

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Monopólio


Tinha um euro no bolso mas não sabia o que fazer com ele.

A roleta mostrava aquilo que realmente era... Nada!

Uma sombra esquecida neste mundo prestes a acordar.
Inês Vidreiro 9ºF

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Eles e elas

Por vezes, aqueles momentos que temos na juventude não se esquecem. Pois não há, nem vão haver amigos e amigas como eu tenho. Esse momentos de convívio que alegram o dia...

Às vezes penso que eu não era capaz de viver sem eles e elas.

Eu sei que haverá um dia que vou ter de os deixar a todos, mas eu não sou assim, haverá mais momentos como estes e melhores que estes até.

Patricia Jesus 9ºF nº23


Todos os anos lá venho eu com a alegria de mais um mês bem passado com os meus, antes de regressar novamente à minha terra.
Quando chego, há uma nova vida, uma vida com enfeites de bolas reluzentes, fitas douradas e prateadas com metros e metros de comprimento, luzes que piscam e encantam.
Chegando ao fim, vou-me embora, e tudo fica escuro, cada vez mais escuro até só sobrar uma luz: o Sol.


Alexandra Garção
nº1 9ºC

Memórias

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Ambos sabiam que mais cedo ou mais tarde iria terminar. Era algo inevitável.
Ambos tentaram salvar o que restava. Tentaram, mas falharam. Não se pode salvar o que está condenado.
Ambos desistiram. O adeus foi dito. Já nada mais restava para dizer.
O que permaneceu? Somente memórias. Memórias daquilo que um dia foram. Memórias daquilo que um dia viveram e partilharam. Risos, lágrimas, olhares que tudo diziam e palavras que nunca deveriam ser pronunciadas. Era tudo o que restava. Memórias.